Estarreja e o distrito testaram a segurança num cenário complexo

Estarreja e o distrito testaram a segurança num cenário complexo

Exercício ESTARrejaSEGURA | 11-11-2015

Estarreja revelou ambição, esforço e rigor no teste que realizou ao Plano Municipal de Emergência (PME) e ao Plano de Emergência Externo de Estarreja (PEEE), ao escolher para teatro de operações um acidente grave de tráfego envolvendo uma situação de multivítimas, num ambiente de matérias perigosas e inflamável, provocado por derrame de substância tóxica. A organização do exercício decorreu no dia 11 de novembro de 2015, no Eco Parque Empresarial de Estarreja, envolvendo cerca de 300 pessoas.

 

O simulacro mobilizou vários agentes e organismos de Proteção Civil e entidades de apoio, testando a articulação dos mesmos, perante a simulação de um acidente que envolveu duas cisternas, um autocarro, uma viatura ligeira e várias vítimas, na EN224/ Variante Norte ao Eco Parque Empresarial.

 

Estiveram envolvidas no simulacro cerca de 300 pessoas de várias entidades, desde as corporações de bombeiros de todo o distrito (cerca de uma centena de soldados da paz), GNR, empresas do Complexo Químico (brigadistas e grupos de assessoria técnica e química), INEM (30 operacionais e Posto Médico Avançado onde foi feita a triagem e o socorro pré hospitalar), Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), piquete e técnicos da Câmara Municipal que integram o Serviço Municipal de Proteção Civil, figurantes (50) da Escola Secundária de Estarreja, TJA – Transportes J. Amaral, 48 veículos de socorro, para além dos observadores que tiveram a função de avaliar o exercício.

 

Segurança acrescida

 

"Em Estarreja a segurança é acrescida, testamos os nossos planos para estarmos preparados", sublinhou Diamantino Sabina, presidente da CME e responsável pela Comissão Municipal de Proteção Civil, no final do teste aos meios operacionais. Escolheu-se para cenário um acidente no transporte de matérias perigosas, tipificado no PEE – Plano de Emergência Externo - plano específico para ocorrências relacionadas com o risco químico - contudo um desastre com estas características pode ocorrer numa qualquer estrada do país, conforme sublinhou o autarca.

 

O exercício iniciou num patamar municipal, tendo também testado os meios a nível distrital, passando a determinada altura da “ocorrência” o comando operacional para o CDOS – Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro. No universo de 19 municípios abrangidos pelo CDOS, Estarreja soube dar um passo inédito no sentido de articular todas as entidades que seriam chamadas a intervir numa tragédia desta natureza. O Comandante das Operações de Socorro, José Ricardo Bismarck, referiu que este foi um “exercício extremamente ambicioso e o primeiro que se faz nesta vertente”. Haverá sempre pontos a melhorar, contudo o responsável destacou a “organização assinalável”.

 

“Quando chega a hora da verdade, vestimos a camisola”, disse satisfeito o comandante dos Bombeiros Voluntários de Estarreja, Ernesto Rebelo, para quem os objetivos foram cumpridos. Destacou a colaboração das equipas disponibilizadas pelas empresas em três frentes: tanto no terreno no teatro de operações, como a auxiliar nas decisões no Posto de Comando e na Sala de Crise junto da Comissão Municipal de Proteção Civil.

 

O secretário do PACOPAR (painel comunitário de atuação responsável onde estão representadas as empresas químicas), Pedro Gonçalves, salientou a dimensão considerável e a complexidade do exercício. “Um acidente químico com resgate de dezenas de pessoas não é trivial, nem simples”, comentou acrescentando que apesar das dificuldades “todas as unidades conseguiram funcionar e desempenhar o seu papel”. As empresas que fazem simulacros com frequência foram chamadas a intervir, disponibilizando os seus meios.

 

Sublinhando a preocupação do Município em promover a preparação da proteção civil, a direção regional do INEM apontou a “excelente oportunidade para treinar procedimentos enquanto equipas e meios no terreno”num quadro de interação onde estavam a intervir “tantas entidades e tão diferentes”“Estamos todos de parabéns, aprendemos todos e estaremos aptos para responder de forma adequada em situação real”, asseverou Paula Neto.

 

Fonte: CME

segunda, 16 de novembro, 2015